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STHEFANI LARA

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

PARE DE FUMAR!! SE MOTIVE COM ESSE DEPOIMENTO.

Minha história com o cigarro começa quando tinha de 5 para 6 anos de idade. Eu pegava um cigarro na cozinha e trazia aceso para o meu pai ou minha mãe na varanda lá de casa, eles jogavam as bitucas acesas fora e à noite eu pegava para brincar como se fossem um vaga-lume ou um raio laser. Sempre quando acendia, dava umas baforadas e, lógico, imitando quem? Meu pai. Não cheguei a virar um fumante nessa época, mas, como se pode perceber, a partir daí ficava fácil vir a me tornar um. Naquela época, em 1976, 1977, era comum a pessoa fumar, existia toda uma publicidade, Hollywood com suas propagandas de jipe e a música do Peter Frampton de fundo, também tinha o Carlton, “um raro prazer”, e assim por diante. Uma verdadeira indústria de marketing e propaganda nos convencendo de que fumar era bom, ser Free, com menos alcatrão e nicotina.


De fato comecei a fumar em 1986, aos 14 anos de idade. Me lembro como se fosse hoje, estava interessado em uma garota e ela fumava. Quando me ofereceu um cigarro, peguei e acendi sem pensar, me esforcei para conseguir tragar, fiquei tonto, e sei que não foi uma das melhores experiências que tive na vida, mas, como todo mundo naquela época estava fumando, lá fui eu dar cabeçada e começar a fumar. Fumava nos finais de semana e em festas, o conhecido fumante eventual.
Fui repreendido por meus pais quando descobriram, sendo que era o tipo de coisa: faça o que digo, mas não faça o que faço, e meu pai me disse que somente poderia fumar quando tivesse dinheiro para sustentar meu vício. Foi quando em 1987 comecei a trabalhar e, no primeiro pagamento recebido, joguei a carteira de Marlboro em cima do armário do meu quarto com a imbecil razão de que não poderia ser questionado, e meu vício foi aceito.
Infelizmente, naquele mesmo mês meu pai foi internado com forte falta de ar e foi confirmada sua primeira grande crise causada pelo cigarro. Diagnóstico: enfisema pulmonar. Deveria ser razão mais que suficiente para eu parar de fumar, ainda mais que não fazia mais que um ano que eu era fumante, mas, por mais incrível que possa parecer, foi quando mais fumei. Essa internação foi a primeira de muitas em que nossa família quase ficou sem bens e recursos para arcar com o tratamento e internações, e infelizmente em 1996 ele veio a falecer.
Deveria ter parado ali, mas não consegui. Em seguida casei, minha esposa vivia reclamando, mas eu não dava bola, fazia umas tentativas de parar, mas não durava mais que algumas horas de abstinência. Conseguia reduzir o número de cigarros fumados no dia para em torno de 5 cigarros e depois voltava e fumava mais que o normal.
Quando nasceu o meu filho, tentei parar por ele e para que ele não tivesse que conviver em um ambiente com cheiro e fumaça de cigarro e principalmente que tivesse um pai para olhar por ele quando crescesse. Nessa tentativa fiquei praticamente 9 meses sem fumar. Me ajudou muito nessa época começar a caminhar e correr – chegava a correr até 3 km em meia hora, já achava o resultado bom e isso me ajudou bastante a não engordar, mas não consegui manter. Tive problemas pessoais e profissionais e voltei a fumar – uma pena, 9 meses de persistência abandonados.
Já havia tentado parar com tudo que está disponível no mercado: remédio, adesivo, spray bucal, chiclete de nicotina, mas nada adiantou, e minha frustração somente aumentava e comecei a acreditar que teria um fim parecido ao do meu pai.
Foi quando meu filho completou 4 anos de idade que tentei novamente. Aproveitei uma forte gripe que peguei, tentava fumar e não conseguia. Comecei a sentir uma dor no peito e, ao tentar tragar, sentia como se estivesse levando uma agulhada no peito. Fiquei uma manhã inteira sem fumar, à tarde tentei fumar novamente e a dor e a tosse eram fortes demais, então, já que havia ficado a tarde e a noite inteira sem fumar, no dia seguinte a dor melhorou. Aproveitando que tinha ficado praticamente um dia inteiro sem fumar, pensei que aquele momento seria ideal para parar de vez, e assim o fiz. Ao final do terceiro dia a tosse e a dor no peito diminuíram consideravelmente, mas a vontade de fumar continuava. Apelei para os chicletes de menta normal, escovava os dentes, tomava água, dava uma caminhada. Confesso que durante três dias não atinei muito bem, minha concentração estava completamente prejudicada e após esses dias iniciais comecei a melhorar.
Depois disso comecei a ter as fases que acredito que todo fumante vá passar, e me mantive firme na minha decisão. Quando vinha a vontade de fumar e a síndrome de abstinência, procurava tudo relacionado à cessão do tabagismo, numa forma de incentivo para parar definitivamente, sendo que já possuía o maior exemplo em minha casa. Ver meu próprio pai morrer de enfisema já deveria ser o suficiente, mas em todo caso encontrei a história com o seguinte título: "O Triste Fim de Bryan Lee Curtis". Aconselho todos a ler essa história. E, como fazia muito pouco tempo que me tornara pai, a história me comoveu bastante. Fui mais a fundo na internet, encontrei um grupo de chat que estava encerrado, permanecendo seu histórico de mensagens trocadas lá para leitura. Vi, assim como eu, várias pessoas aflitas por parar de fumar, com as dúvidas normais que assombram todos os fumantes: será que vou morrer por causa do cigarro, vou ter enfisema, vou ter câncer de pulmão, de boca, de garganta, vou conseguir parar, não vou, vou morrer tentando? E assim por diante. Existiam histórias de pessoas já doentes e que não conseguiam parar, desesperador.
Foi quando encontrei o blog do tabagista anônimo, li seus posts e tudo que lia naquele blog e nos outros ali relacionados fazia sentido para mim, seus medos, suas angústias, suas estratégias, palavras de amizade e apoio, principalmente no blog do Artemus, que encerrou suas postagens quando alcançou a marca de 1.000 dias sem fumar. Aquilo para mim parecia insano, inalcançável, mas uma pessoa havia conseguido. Foi quando decidi fazer o meu blog e contar ali as minhas experiências, os meus medos, o meu estado, as minhas conquistas.
Quando tinha vontade de fumar, entrava no meu blog e escrevia um post contando o que estava ou tinha acontecido comigo, olhava quanto tempo já estava sem fumar, relia meus posts, encontrava ali forças para continuar e sempre encontrava palavras solidárias e de incentivo dos meus amigos Blogueiros, que me ajudavam a me manter firme. Acho que é tipo um AA. Hoje é mais um dia sem cigarro, pois sei que sou viciado, e não posso com o unzinho que os Blogueiros contra o Tabagismo apelidaram carinhosamente.
Hoje levo uma vida normal, fiz um check-up no mês passado, inclusive de pulmão e capacidade pulmonar, e está tudo certo. Sei que ainda não estou isento de ser assolado de doenças relacionadas ao cigarro, também depois de mais de 20 anos fumando é muita pretensão, mas me esforço agora no sentido da prevenção, corro 1 hora, sendo 8 km, três vezes por semana, faço musculação e consumo bebida alcoólica muito moderadamente, consumo agora mais vinho, pois cerveja me dava muita vontade de fumar, faço controle da alimentação e dessa forma não tive muito aumento de peso, somente no início, pois a comida realmente ganha outro sabor.
Encerrando este texto e me desculpando pela extensão que ele tomou, hoje, aos 39 anos, mudei minha vida, de pessoa estressada, obesa, que comia, bebia e fumava muito, com todos os fatores de risco para ter um enfarte ou um AVC, para uma pessoa que pratica muito esporte, se alimenta bem e de forma saudável e tenta ficar mais com a família.
Não é uma atitude ou decisão fácil, mas no final é a mais inteligente e independe de fissura, síndrome de abstinência ou todas as coisas que sentimos neste período de cessão do tabagismo. Depois de um tempo você até se sente bem em encarar a situação e fica mais confiante, sente aquela confiança de que, se você pode parar de fumar, também pode isso ou (posso – excluir) aquilo.
Desejo que este texto tenha sido útil a todos aqueles que aqui buscam uma palavra de ajuda para parar de fumar, assim como um dia eu também busquei.
Este texto comemora a minha marca de 1.000 dias sem fumar. O que eu acreditava no início ser impossível, agora é realidade, se foi possível para mim, será possível para você também.

Por “Vinho”. http://s.vinho.zip.net/

3 comentários:

  1. Parabéns,vc é um vencedor por isso...sou estagiária em segurança do trabalho e irei usar a sua história em um dds!!Sucesso e determinação,pois somente com determinação vc coneguirá levar sua decisão a diante.

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  2. Ola Evelin obrigada pela visita.. o importante e passarmos mensagens a todos aqueles que tenham fe e determinacao e que nada e impossivel, basta conhecermos historias para renovar nossas esperancas e aumentar nossa forca de vontade!!!
    OBS desculpe- me a falta de acentos..meu teclado deu pane!!
    um beijo!!!

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  3. legal,gostei da sua historia mim indentifiquei por ter sido tbm um fumante inveterado,ter perdido minha irmã com efisena pulmonar e por ter conseguido parar depois de ardua luta,sei o quanto é dificio,mas o inportante é que valeu a pena...ainda estou vivo.pare voce tbm...

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