Pesquisadores suecos publicaram um artigo nesta semana no periódico British Journal of Sports Medicine, fazendo uma provocação de que o termo comportamento sedentário, que indica falta de exercícios físicos, deveria ser substituído por comportamento de “inatividade muscular”. As pesquisas têm mostrado que o hábito de permanecer longos períodos do dia sem movimentação aumenta o risco de obesidade, diabetes, doenças do coração, câncer, e também está associada a uma menor longevidade. Tudo isso, independente da presença de exercícios, de moderados a vigorosos.
Um recente estudo australiano demonstrou que o risco de síndrome metabólica, que é um precursor de diabetes e doenças cardiovasculares, é 28% menor entre mulheres que fazem 30 minutos diários de atividade física regular. Por outro lado, o estudo também revelou que, cada hora adicional que uma mulher passa em frente à TV, aumenta em 26% seu risco de apresentar síndrome metabólica, independente dos exercícios moderados que realiza. É previsível, portanto, que essas horas de “inatividade muscular” sejam ainda mais prejudiciais para quem faz poucos exercícios físicos.
Pelo corpo de evidências que temos até o momento, as recomendações médicas poderiam incluir não só os exercícios físicos regulares, mas também o hábito de se movimentar de forma intermitente durante o dia. Paradas de alguns minutos no trabalho - que permitam um pouco de movimento -, evitar o automóvel, quando possível, usar as escadas no lugar do elevador; todas são atitudes que podem ter mais influência em nossa saúde que costumamos imaginar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário